Desafíos familiares en la crianza con población adolescente que asume uso excesivo de tecnologías en la era digital. Una mirada en tiempos de sindemia

Abstract

La investigación analiza el impacto del uso excesivo de tecnologías con acceso a internet en personas adolescentes, las prácticas de la crianza digital y los desafíos que se generan en las configuraciones familiares ante estas nuevas realidades en el tercer entorno. En el marco teórico, se profundiza en conceptos clave como la sociedad digital, sindemia por Covid-19, salud mental, adolescencias, familias y prácticas de crianza digital, aborda la dimensión terapéutica y el Trabajo social de grupo, asi como el modelo terapéutico constructivista. El estudio se basa en una metodología cualitativa de tipo exploratorio, mediante el estudio de caso de tres personas adolescentes que experimentaron un uso excesivo de tecnologías durante la sindemia por Covid-19. Se implementaron entrevistas semiestructuradas dirigidas a redes primarias y entrevistas a informantes clave, lo que permitió develar las transformaciones familiares en la era digital, factores de protección, de vulnerabilidad y desafíos de las prácticas de crianza digital. Como resultados de la investigación se identificaron siete desafíos en la crianza digital para con personas adolescentes: el desarrollo de competencias digitales en las redes primarias, generar comunicación asertiva, translaborar las prácticas de crianza digital a partir de la mediación activa, co-construir una cultura de no-violencia y el respeto de los derechos humanos, e instar al pensamiento crítico en las personas adolescentes. Asimismo, los resultados dan cuenta de la necesidad de concienciar acerca del modelaje y mediaciones que asumen las redes primarias, así como aspecto medular resignificar el sentido de las prácticas de crianza digital que prepare a las adolescencias ante los retos del tercer entorno. Como producto final de la investigación, se diseñó una estrategia terapéutica grupal desde la dimensión terapéutica del Trabajo Social dirigida a redes primarias, que insta a la re significación y traslaboración de las prácticas de crianza digital que se ejerce para con personas adolescentes.

This research analyzes the impact of the excessive use of technologies with internet access in adolescents, practices of digital parenting, and challenges generated in family configurations in light of these new realities in the third environment. Within the theoretical framework, it dives into key concepts such as digital society, Covid-19 syndemic, mental health, adolescence, families and digital parenting practices, addresses the therapeutic dimension and group social work, as well as the constructivist therapeutic model. The study is based on a qualitative methodology of exploratory type, through the case study of three adolescents who experienced an excessive use of technologies during the Covid-19 syndemic. Semi-structured interviews directed to primary networks and key informant interviews were implemented, which allowed the unveiling of family transformations in the digital era, protective factors, vulnerability factors and challenges of digital parenting practices. Seven challenges in digital parenting for adolescents were identified as results of this research: the development of digital competencies in primary networks, generating assertive communication, translaborating digital parenting practices based on active mediation, coconstructing a culture of non-violence and respect for human rights, and encouraging critical thinking in adolescents. Likewise, the results show the need to raise awareness of the modeling and mediations assumed by the primary networks, as well as the essential aspect of re-signifying the meaning of digital parenting practices that prepare adolescents to face the challenges of the third environment. As a final product of the research, a therapeutic group strategy was designed from the therapeutic dimension of Social Work aimed at primary networks, which urges the resignification and translaboration of digital parenting practices exercised with and for adolescents.

A pesquisa analisa o impacto do uso excessivo de tecnologias com acesso à Internet nos adolescentes, as práticas de parentalidade digital e os desafios gerados nas configurações familiares diante dessas novas realidades no terceiro ambiente. No referencial teórico, explora-se conceitos-chave em maior profundidade como sociedade digital, sindemia da Covid-19, saúde mental, adolescência, famílias e práticas de parentalidade digital, aborda-se a dimensão terapêutica e o trabalho social em grupo, bem como o modelo terapêutico construtivista. O estudo está fundamentado em uma metodologia qualitativa exploratória, por meio do estudo de caso de três adolescentes que vivenciaram o uso excessivo de tecnologias durante a sindemia da Covid-19. Foram implementadas entrevistas semiestruturadas dirigidas às redes primárias e entrevistas com informantes-chave, que permitiram revelar as transformações familiares na era digital, fatores de proteção, vulnerabilidade e desafios das práticas de parentalidade digital. Como resultados da pesquisa foram identificados sete desafios na parentalidade digital para adolescentes: o desenvolvimento de competências digitais nas redes primárias, gerar comunicação assertiva, traduzir práticas de parentalidade digital através da mediação ativa, co-construir uma cultura de não-violência e respeito aos direitos humanos, e incentivar o pensamento crítico nos adolescentes. Da mesma forma, os resultados mostram a necessidade de sensibilização sobre as modelagens e mediações assumidas pelas redes primárias, bem como um aspecto central de redefinição do significado das práticas de parentalidade digital que prepare os adolescentes para os desafios do terceiro ambiente. Como produto da pesquisa, foi desenhada uma estratégia terapêutica grupal a partir da dimensão terapêutica do Serviço Social voltada às redes primárias, que urge a ressignificação e a colaboração das práticas de parentalidade digital que são exercidas com os adolescentes.